China e União Europeia se articulam na guerra comercial imposta pelos EUA
Pequim e Bruxelas iniciam diálogo para livre comércio em meio às tarifas de Trump Nesta terça-feira (8), o primeiro-ministro da China, Li Qiang, manteve conversas telefônicas com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O tema principal dos diálogos foram as tarifas impostas pelos EUA na guerra comercial declarada contra todos os outros países do mundo, incluindo a própria União Europeia e a China. A reunião entre Pequim e Bruxelas veio com uma forte mensagem dos chineses: a China quer fortalecer a comunicação e a coordenação com a União Europeia, expandir a abertura de mercados e promover uma cooperação baseada no livre mercado, com mais estabilidade para ambos os lados. Alianças necessárias Ursula von der Leyen também afirmou que quer aproximar China e União Europeia, notando que o aumento de tarifas irá impactar o comércio global, reforçando que estão comprometidos a proteger o comércio multilateral e suas instituição, como a Organização Mundial do Comércio. Neste ano, as relações entre China e União Europeia marcam 50 anos de existência, com agendas oficiais de diferentes líderes europeus na China. Apesar da União Europeia propor um acordo de reciprocidade para zerar tarifas industriais dos EUA, o bloco também trabalha com possíveis medidas de retaliação e reciprocidade, afirma o Comissário de Comércio e Segurança Econômica da Comissão Europeia, Maros Sefcovic, que anunciou medidas para o próximo dia 15. Tarifaço explosivo para a China A China anunciou nesta quarta-feira (09/04) retaliação ao tarifaço do presidente americano, Donald Trump, impondo taxa de 84% sobre todos os produtos americanos. As novas tarifas dos EUA a importações de cerca de 60 países entraram em vigor nesta quarta. A China foi a mais afetada, com um aumento na taxa de 34% para 104%. Já a retaliação chinesa entra em vigor na quinta (10/04). Antes de anunciar a taxa de 84%, o governo chinês já havia prometido “lutar até o fim” e declarado que “nunca aceitará a natureza de chantagem dos EUA”. A China já impôs medidas de proteção econômica contra as agressões estadunidenses, que tem se intensificado com as pressões do governo Trump após as respostas chinesas.
Recrutadores revelam quais são as principais regras para quem busca Emprego
Seja no currículo ou durante a entrevista, headhunters contam o que chama a atenção e o que pode eliminar um candidato logo de cara nos processos seletivos de empresas Recrutadores valorizam candidatos que chegam bem preparados para entrevistas e mantém uma postura transparente ao longo do processo seletivo Profissionais alinhados ao mercado atual Conquistar o emprego dos sonhos exige mais do que um bom currículo – é preciso saber se posicionar estrategicamente durante todo o processo seletivo. “Não se trata apenas de mostrar as competências técnicas”, observa Ivan Farber, headhunter da consultoria Egon Zehnder, especializada em avaliação de lideranças, desenvolvimento executivo e seleção de conselheiros e CEOs. “O mundo está mudando rápido, novas tecnologias surgem o tempo todo e precisamos de profissionais que saibam se posicionar diante dessas mudanças.” Qual a impressão que vale na entrevista? Na entrevista, detalhes como a forma de comunicação, a postura diante de desafios e até a maneira como o candidato fala sobre experiências anteriores podem influenciar – e muito – a decisão final. “A principal impressão é deixada durante a entrevista e é difícil reverter uma má experiência”, ressalta Lucas Oggiam, recrutador da consultoria Michael Page, voltada ao recrutamento de executivos de média e alta gerência. O cuidado com o que se insere no currículo como Competências Enquanto certos comportamentos ajudam o candidato a se destacar positivamente entre os candidatos, outros acendem um sinal de alerta imediato entre os recrutadores. Posturas transparentes, maduras e alinhadas à cultura da empresa são bem-vistas e contam pontos. Já a falta de preparo, informações inconsistentes no currículo ou autopromoção excessiva podem levar à desclassificação ainda nas etapas iniciais. “Muitos querem parecer interessantes, mas poucos se mostram interessados. Esse é o tipo de atitude que faz toda a diferença”, afirma a headhunter Ângela Pegas, também da Egon Zehnder. Para entender o que realmente chama a atenção de quem está do outro lado da mesa, a Forbes ouviu seis headhunters especializados em recrutamento executivo. Eles revelam quais são as green flags – ou os sinais positivos que indicam bom potencial – e as red flags – os alertas vermelhos que podem custar a vaga dos sonhos. A seguir, confira algumas dicas práticas dos headhunters para garantir que as green flags sejam notadas durante os processos seletivos: 1. Como manter uma comunicação clara e objetiva? Saber comunicar com clareza o que fez, como fez e qual foi o impacto gerado é uma das habilidades mais valorizadas em entrevistas, segundo os headhunters. Candidatos que evitam rodeios e conseguem detalhar suas ações de forma direta e estruturada ganham pontos. 2. Como demonstrar autoconhecimento? Ter consciência de seus pontos fortes e fracos é um diferencial competitivo. Na pesquisa, relevar que os profissionais que demonstram entender bem suas fortalezas e áreas de desenvolvimento, e que estão dispostos a trabalhar nelas para crescer, chamam a atenção. “Quem reconhece erros, aprende com eles e consegue articular essa evolução mostra maturidade e potencial de desenvolvimento”, complementa Ivan Farber, da Egon Zehnder. 3. Como apresentar um histórico profissional consistente? Um currículo com passagens duradouras e experiências em empresas de alta exigência é um forte indicativo do potencial do candidato, segundo os headhunters. Mas o mais valorizado nem sempre é o tempo de casa – Experiências em organizações exigentes, onde a pessoa conseguiu crescer e se destacar, mostram resiliência, capacidade de entrega e evolução profissional. 4. Como chegar bem preparado para a entrevista? Uma boa preparação para a entrevista é um fator decisivo na avaliação dos recrutadores. “Um candidato bem preparado, que fez sua pesquisa sobre a empresa e o processo seletivo, se destaca imediatamente”, afirma Nicolas Villarroel, da consultoria Korn Ferry, Isso inclui entender o negócio, estudar a vaga e demonstrar familiaridade com a empresa durante a entrevista, o que ajuda o headhunter a avaliar seu alinhamento com a cultura e os valores da companhia para áreas como finanças, tecnologia, jurídico, marketing e cargos de alta gestão. Evitando o cartão vermelho Os headhunters também alertam para comportamentos que podem prejudicar o desempenho em uma entrevista, como adotar uma postura vitimista, defensiva ou agressiva; exagerar na autopromoção; ter dificuldade para apresentar sua trajetória de forma coerente; ou omitir informações sobre demissões e passagens profissionais. Abaixo veja a lista que traz o alerta vermelho na avaliação dos recrutadores: 1. Inconsistências ou informações falsas Poucas coisas comprometem tão rapidamente a credibilidade de um candidato quanto inconsistências ou informações falsas ao longo do processo seletivo. Muitas vezes, nem é preciso mentir para gerar desconfiança. “Falta de clareza sobre movimentações de carreira e os motivos de saída das empresas também acendem sinais de alerta”, observa Pegas, da Egon Zehnder. Temas delicados, como demissões, devem ser tratados com transparência para evitar interpretações equivocadas e manter a credibilidade. 2. Mudanças de emprego em curto espaço de tempo Trocas constantes de emprego, mesmo que por iniciativa própria, ainda não são bem vistas pela maioria dos recrutadores. “Mudanças frequentes sem justificativa clara geram desconfiança”, afirma Sartori. O ponto central é a falta de impacto. “Ninguém quer um currículo cheio de passagens rápidas sem profundidade. Demonstrar histórias de legado ao longo da carreira faz toda a diferença”, acrescenta Pegas. Se o seu histórico profissional inclui passagens mais curtas, o importante é estar preparado para contar essa trajetória de forma clara e contextualizada aos recrutadores. “Sem uma explicação convincente, essas trocas podem ser uma perda de pontos na entrevista”, diz Oggiam, da Michael Page. 3. Autopromoção exagerada Apesar de ser importante reconhecer os próprios feitos, se colocar como protagonista de todas as conquistas pode ser um tiro no pé em processos seletivos. “Quem não reconhece o trabalho em equipe demonstra falta de colaboração”, afirma Farber. 4. Falar mal de gestores ou empresas anteriores Apresentar uma visão negativa de antigos gestores ou empresas pode soar como falta de maturidade. “Se os problemas sempre foram ‘os outros’, há um sinal de alerta”, diz o headhunter da Egon Zehnder. A postura dos candidatos em relação às suas experiências anteriores faz diferença no momento da avaliação dos recrutadores. “Pessoas com energia negativa ou
Corinthians busca empate contra América de Cali pela Sul-Americana com time misto
Fora de casa, Timão conquistou seu primeiro ponto no torneio continental Na noite desta terça-feira (8), América de Cali e Corinthians empataram em jogo válido pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Sul-Americana. No estádio Pascual Guerrero, na Colômbia, as equipes ficaram no 1 a 1, com gol de Luis Ramos e Matheuzinho. O jogo O primeiro tempo foi mais do América do que o do Corinthians. Os mandantes envolveram bastante o mistão do Timão no campo ofensivo, enquanto os brasileiros tinham dificuldades para sair para a partida. Juanfer Quintero, carrasco do Timão na Sul-Americana de 2024, comandava as ações dos colombianos. Aos 23 minutos, o gol saiu. Com um erro na saída de bola, o Timão entregou chance clara para os colombianos. Balanta achou bom passe para Luis Ramos, que cortou facilmente André Ramalho e emendou uma pancada para abrir o placar. Depois do gol, o Timão até tentou trocar mais passes e atacar, mas seguiu com dificuldades e pouco fez. Trocas necessárias No começo do segundo tempo, o América chegou a aumentar o placar, mas o tento de Barrios foi anulado por conta de impedimento de Luis Ramos no começo da jogada. O Timão melhorou após o susto e também com a entrada de Breno Bidon, Carrillo e Yuri Alberto. O peruano mudou o jogo e ajudou o Corinthians a criar sua melhor chance aos 26 minutos da segunda etapa. Após cruzamento de Carrillo, Héctor Hernández desperdiçou oportunidade cara a cara com o goleiro Soto. Depois, mais uma jogada parecida: o 19 cruzou, o 22 cabeceou e o goleiro fez grande defesa. O empate do Timão saiu aos 36 minutos. Carrillo deu lindo passe de primeira, Matheuzinho tabelou com Héctor Hernández, depois chutou e contou com desvio para empatar o jogo. Com o resultado, o Timão conquistou seu primeiro ponto na Sul-Americana. Com o tropeço, o América chegou aos 4 pontos. Próximos jogos O Corinthians volta a entrar em campo no próximo sábado (12). Na Arena Barueri, o Timão faz o Derby contra o Palmeiras. Pela Sul-Americana, o Corinthians só volta a jogar no final do mês, no dia 24, quando recebe o Racing, do Uruguai, na Neo Química Arena.
Vacina contra a gripe – Veja perguntas e respostas
O Ministério da Saúde iniciou nesta semana a campanha nacional de vacinação contra a gripe. A pasta adquiriu 73,6 milhões de doses da vacina e tem a meta de imunizar 90% dos integrantes dos grupos prioritários. A campanha de vacinação será dividida em duas etapas: no primeiro semestre, a imunização ocorrerá nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste; já no segundo semestre, a vacinação será realizada na região Norte, durante o chamado “Inverno Amazônico”, período de maior circulação do vírus. Não há uma data prevista para o fim da ação. O imunizante é capaz de evitar entre 60% e 70% dos casos graves e óbitos, e também é oferecido na rede particular. Veja a seguir quem pode ser vacinado nas unidades básicas de saúde (UBSs), quais os efeitos adversos e qual o valor da dose em clínicas e farmácias. Quem pode tomar a vacina no posto de saúde? O grupo prioritário é formado por crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos a partir de 60 anos, devido à maior vulnerabilidade desses grupos a complicações decorrentes da infecção pelo vírus influenza. Além deles, o público-alvo da campanha inclui: – trabalhadores da Saúde – puérperas – professores dos ensinos básico e superior – indígenas – pessoas em situação de rua – profissionais das forças de segurança e de salvamento – profissionais das Forças Armadas; – pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade) – pessoas com deficiência permanente – caminhoneiros; – trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso) – trabalhadores portuários – funcionários do sistema de privação de liberdade – população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos) Existem restrições? Não há restrições para a aplicação do imunizante. A única exceção, segundo Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), é para pessoas com alergia anafilática a algum dos componentes da fórmula. A gripe pode ser uma doença grave? “A gripe é uma doença que mata milhares de pessoas todos os anos. Uma característica da gripe é a mutação dos vírus. Você pode ter gripe da hora que nasce até a hora que morre. Pode acontecer até duas vezes no mesmo ano. Não é uma doença que dá uma imunidade definitiva, por isso há tantos casos todos os anos”, destaca Mônica. Além dos óbitos, o influenza pode causar uma série de complicações, de acordo com a médica. Inúmeros estudos mostram o aumento do risco de complicações cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC), além de problemas pulmonares. A gripe também descompensa doenças de base. “Em uma pessoa que tem diabetes controlada e tem a infecção, a doença crônica pode ficar irregular de novo”, diz. A vacina causa efeitos adversos? A vacina pode ocasionar alguns efeitos adversos, como dor, vermelhidão e desconforto no local da aplicação. Os sintomas, normalmente, duram entre 24h e 48h. Eventos sistêmicos, como dor de cabeça, dor no corpo ou algum tipo de mal-estar são muito menos comuns, afirma Rosana. É realmente necessário se vacinar todo ano? Sim. “Levando em consideração que os vírus mutam e que podemos pegar gripe mais de uma vez ao ano, é importante que se faça a vacinação anualmente, de acordo com a atualização das cepas feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS)”, pontua Mônica. Ela alerta que muitas pessoas costumam deixar a vacinação para o fim do ano – entre setembro e novembro -, quando se preparam para viajar ao hemisfério norte, onde é inverno nesse período. “A proteção da vacina dura, em média, seis meses. E você não está recebendo um reforço anual, está recebendo a vacina do ano (com as cepas atualizadas). Por isso, quem se imunizou no segundo semestre do ano passado já deve tomar a nova dose agora – não é necessário esperar completar um ano. O ideal é se vacinar antes do aumento da circulação dos vírus, e esse aumento já começou. Não há por que adiar. Não precisa ficar esperando completar um ano”, orienta Mônica.