Fundo Estadual de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, que trabalha para preservar e conservar as áreas verdes nos municípios de Embu das Artes, Cotia e Itapecerica da Serra atua para identificar áreas destinadas à criação de Unidades de Conservação
Conhecendo o projeto
Em um cenário de crescente preocupação com a preservação de áreas verdes e a segurança hídrica na Grande São Paulo, o Conecta Cotia‑Guarapiranga, projeto da Sociedade Ecológica Amigos do Embu (SEAE) apoiado pelo FEHIDRO¹ – Fundo Estadual de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, que trabalha para preservar e conservar as áreas verdes nos municípios de Embu das Artes, Cotia e Itapecerica da Serra atua para identificar áreas destinadas à criação de Unidades de Conservação, propor a ampliação da APA Embu Verde e desenvolver estudos que permitam adequar a Reserva Florestal do Morro Grande ao Sistema Nacional de Conservação da Natureza(SNUC).
Tecnologia e acessibilidade
Por meio de dados, mapas, imagens de satélite e um banco de dados socioambiental, a iniciativa detalha a cobertura vegetal, o uso do solo e a distribuição das atividades humanas na sub‑região hidrográfica Cotia‑Guarapiranga, gerando um diagnóstico que subsidia a definição de corredores ecológicos que conectem fragmentos de mata, restaurem matas ciliares e garantam a proteção de mananciais responsáveis pelo abastecimento de cerca de 4,5 milhões de pessoas.
Além dos estudos técnicos, o Conecta Cotia‑Guarapiranga investe na mobilização comunitária, com seminários, oficinas e materiais em linguagem acessível, destinados a aproximadamente 900 mil moradores de Cotia, Embu das Artes e Itapecerica da Serra.
O projeto busca viabilizar informações técnicas para subsidiar esquemas de pagamento por serviços ambientais e benefícios fiscais, como o IPTU Verde, garantindo que proprietários que mantêm suas áreas preservadas tenham condições de manter a floresta de pé.
Conecta-Cotia-Guarapiranga
O Conecta Cotia‑Guarapiranga também busca viabilizar parcerias entre proprietários de áreas degradadas e empresas que precisam realizar compensação ambiental. Por meio do banco de dados, identifica trechos que demandam restauração e conecta esses locais a companhias com obrigações legais de recompor áreas verdes. Assim, as empresas podem investir em projetos locais de restauração — gerando créditos ambientais para cumprir exigências — enquanto os proprietários recebem apoio técnico e financeiro para conservar suas florestas.
Flavio Frascino, conselheiro da SEAE, ressalta a possibilidade de empresas preocupadas com ESG (Environmental, Social and Governance) investirem na região, destacando-se como líderes comprometidas com o bem-estar da região metropolitana de São Paulo. Segundo Frascino, ao apoiar iniciativas como o Conecta Cotia‑Guarapiranga, essas empresas não apenas contribuem para a preservação ambiental, mas também se posicionam como referências de responsabilidade social e governança, gerando impacto positivo nas comunidades locais e no equilíbrio ecológico da região.
Projeto antevê a Nova Raposo
O projeto funciona ainda como contraponto ao anúncio da Nova Raposo, que prevê uma via de quatro faixas ligando a Raposo Tavares à Régis Bittencourt na mesma área de atuação do Conecta Cotia‑Guarapiranga, atravessando áreas de mata preservada e impactando diretamente comunidades locais.
Segundo Marcos Ummus, geógrafo do projeto “Ao unir pesquisa, planejamento e participação social, o Conecta Cotia‑Guarapiranga evidencia a urgência de políticas públicas que integrem infraestrutura e conservação ambiental, essenciais para a qualidade de vida e a resiliência da área de mananciais da maior região metropolitana do país.”
Mais informações podem ser obtidas no site https://www.cotiaguarapiranga.com.br/ ou no site da SEAE https://www.seae-embu.org
