Shein e Temu: moda ultra-rápida não é mais tão bem-vinda na França
Empresas asiáticas terão que conscientizar clientes sobre o ‘impacto ambiental’ de suas roupas e pagar multas de pelo menos 10 euros por peça, até 2030
Sob argumentos ambientais e de prejudicar a indústria têxtil local, a proposta de Cécile Violland foi aprovada por unanimidade no Senado francês após um ano de tramitação.
O projeto de lei estabelece uma série de instrumentos que limitam a moda “ultra-rápida”, com penalizações para empresas poluidoras, proibição de publicidade, obrigações para plataformas e sanções para para influenciadores.
Próximo passo
O próximo passo é um acordo entre deputados e senadores para a implementação do projeto. Enquanto isso, a Comissão Europeia será notificada e poderá enviar suas observações ao país.
Shein não gostou
Já a Shein reagiu ao texto dizendo que “corre o risco de colocar a responsabilidade pela sustentabilidade sobre os consumidores, que já enfrentam pressões econômicas, reduzindo ainda mais seu poder de compra. “Moda é um direito, não um privilégio”, dizia um dos cartazes da empresa chinesa, a mais visada pelos políticos franceses.
Segundo a AFP, os principais nomes da moda francesa pediram que os senadores se mantenham firmes ao “ambicioso” projeto, não cedendo ao “lobby infernal da Shein que tenta sabotá-lo”.