Um incêndio em um abrigo para pessoas em situação de vulnerabilidade social deixou quatro pessoas mortas no centro de São José dos Campos, no interior de São Paulo, na madrugada desta segunda-feira (10). As chamas já foram controladas. Um homem foi preso suspeito de causar as chamas
Incêndio criminoso
O incêndio foi criminoso, de acordo com a Polícia Militar. Em entrevista à Rede Vanguarda após o caso, a PM informou que um homem colocou fogo no abrigo por desavença com um funcionário ou com um proprietário do local.
“Infelizmente um incêndio criminoso. As imagens do CSI comprovam essa questão. A Polícia Militar, após ser acionada junto com a posse dessas imagens, realizou a identificação e a posterior prisão em flagrante desse criminoso. Inclusive, o mesmo já tinha passagens pela polícia”, afirma Alan Kalczuk, coronel da PM.
“Segundo aparenta, esse criminoso estava entorpecido e, a princípio, porque isso vai ser investigado pela Polícia Civil, o crime foi cometido por uma desavença com um funcionário ou proprietário do brechó”, completa o PM.
Segundo informações do boletim de ocorrência, o homem colocou fogo em um bazar do abrigo. Em seguida, o fogo se alastrou e atingiu todo o prédio. O abrigo fica na rua Sebastião Hummel, na região central da cidade. O prédio está interditado.
Leandro Rangel Vilela, de 42 anos, foi preso em flagrante e irá responder pelos crimes de incêndio criminoso, homicídio e homicídio tentado.
Ao todo, 22 pessoas estavam no local. Dois homens e duas mulheres morreram carbonizados. As vítimas tinham 61, 55, 53 e 50 anos. Dos 18 sobreviventes, nove ficaram feridos e foram levados ao pronto-socorro de São José dos Campos. Não há informações sobre o estado de saúde deles.
Segundo o Corpo de Bombeiros, seis pessoas que estavam no abrigo são acamadas e não têm possibilidade de locomoção. Algumas foram tiradas pelos bombeiros pelas janelas do prédio.
Dezesseis bombeiros e oito viaturas participaram da operação para controlar as chamas. A Polícia Militar, o Samu e Guarda Civil Municipal (GCM) também apoiaram a ação.
O que diz a administração do abrigo
Responsável pelo abrigo, a Comunidade Consoladora dos Aflitos publicou uma nota em que manifestou pesar pelo caso
“Neste momento de dor e consternação, expressamos nossas mais sinceras condolências às famílias e amigos das vítimas, bem como nossa solidariedade aos feridos e a todos os impactados por esta terrível tragédia”, informou o abrigo.