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Thais Claraluz e suas mandalas: “Em tudo que gera vida há uma mandala”

Conheça Thais Claraluz, a talentosa artesã que está prestes a completar 8 anos de Feira em Embu das Artes, pintando mandalas e deixando a cidade um pouco mais colorida.

Thais, como a maioria dos artistas, é apaixonada por arte desde criança. Ela se emancipou do trabalho na área administrativa e financeira, de uma formação de secretariado executivo e gestão de negócios, para viver de pintar mandalas desde 2007. Hoje expõe em Embu das Artes aos domingos. Se você pretende visitar a cidade, pode perguntar para qualquer expositor onde que fica a barraca da Thais que qualquer um vai saber informar. Thais não é só uma artista de muito habilidade e vocação, como uma simpatia de pessoa.

Na entrevista abaixo, Thais Leite, a Claraluz, conta sobre o processo de criação, o que são as mandalas, o que gosta no seu trabalho e sobre a cidade.

Thais Claraluz - embudasartesnet - Tudo sobre Embu das Artes

Thais, quem passa pela Feira de Embu das Artes e vê as suas mandalas não imagina qual é o teu processo para desenhar e compor todas elas. Como ou onde você se inspira para criar suas mandalas?

Minhas criações são inspiradas na relação com a natureza, com as pessoas, com os mistérios, com o sagrado feminino e com a espiritualidade que tanto me rodeia e cultivo diariamente. O olhar sensível para as coisas mais simples do dia-a-dia, os elementos da natureza e suas cores, minha relação com meus animais e a natureza que me cerca. O encantamento da minha relação com a fé e a religiosidade que me acolhe. Para criar preciso me abastecer dessas vivências.

A maior fonte de inspiração são as pessoas e minha relação com elas.

Você faz peças personalizadas? Se um cliente pedir uma mandala personalizada, como você trabalha?

Antes mesmo de iniciar o processo de criação, no caso das peças personalizadas, eu primeiro desenvolvo uma entrevista com o cliente, para conhecer e identificar aspectos, personalidade, tendências e necessidades terapêuticas. Através desse processo eu aplico as formas, os elementos e cores mais apropriados dentro de cada mandala.

Existem algumas mandalas diferentes, não só em tamanho, mas formas e energias. Quais as diferenças entre as mandalas?

O que difere uma mandala da outra são os elementos que ali são inseridos. Dentro da mandala basicamente se trabalha a cromoterapia e a numerologia.

Grande parte do valor terapêutico de uma mandala é determinado pelas cores que ela contém, entretanto, a quantidade de raios, o número de pétalas e suas formas geométricas dizem muito a respeito do seu poder e influência terapêutica. Cada cor e cada número uma energia e uma cura.

Thais Claraluz - embudasartesnet - Tudo sobre Embu das Artes

Além das mandalas que você cria, quais outros tipos de mandalas existem?

As mandalas são símbolos muito antigos e há registros em diversas civilizações e épocas da história da humanidade. É muito cultuada na Índia e muitas fazem referências às divindades hindus, os Yantras são exemplos disso.

Encontramos também com facilidade na cultura e arte islâmica, em seus templos, sempre com muito dourado e formas geométricas enigmáticas, as quais me inspiram muito. As rosáceas nas catedrais católicas, são fortes exemplos de mandalas também.

As mandalas também estão inseridas nas civilizações Maia, Inca e Asteca e podem ser exemplificadas através dos calendários maias.

Enfim, estamos rodeados de mandalas, somente ainda não despertamos a sensibilidade para percebê-las com facilidade. Está na natureza, na vida, é um padrão geométrico reconhecido no Universo.

Em tudo que gera vida há uma mandala.

Se é que tem como mensurar, em seus anos de Embu das Artes, quantas mandalas, mais ou menos, você já fez?

Levando em conta que já tenho 10 anos pintando as mandalas e que conto com uma exposição semanal dos meus trabalhos, posso lhe garantir que já pintei e vendi mais de 20.000 peças. É uma delícia pensar isso!

Ainda não havia feito um cálculo e realmente é surpreendente e gratificante pensar que já distribuí muitas curas e cores mundo afora! haha.

Pensar que há um pedacinho de mim espalhado nas casas de muitas pessoas, me faz transbordar de alegria e gratidão.

Se houve, qual a mandala mais especial que você já fez?

Todas são especiais, sem dúvidas, mas além de especial, a mais marcante pra mim, foi a mandala que pintei na parede de uma capela, com dois metros de diâmetro, a maior que já pintei até então.

Ela tem um forte simbolismo para mim, não só pelo desafio que foi criá-la, em meio às dificuldades de tamanho, altura e técnica, mas também pelo valor sentimental que ela representa em minha trajetória.

Ela simboliza um sonho que tive em 2006 com São José. Esse sonho aconteceu, muito antes de saber que iria um dia, viver da arte das mandalas. Foi como prenúncio da grande modificação que estava para acontecer em minha vida. (foto abaixo).

https://www.facebook.com/mandalasclaraluz/photos/a.347382122077762.1073741828.346684388814202/626951470787491/?type=3&comment_id=868115616671074¬if_t=comment_mention¬if_id=1492814966890097

Qual a parte mais prazerosa de fazer e entregar uma mandala para alguém?

A parte mais prazerosa do fazer é o processo da escolha das cores. Sou movida por cores!

Identificar as nuances, as cores mais apropriadas, assim como as combinações cromáticas para cada trabalho a ser iniciado, acredito ser a parte mais prazerosa da criação. E um grande desafio também, pois a cada camada a mandala se modifica, a cada cor escolhida é uma nova projeção, e muitas vezes, foge do seu controle.

Já a parte mais prazerosa ao entregar uma mandala para alguém é a identificação do cliente com a arte gerada. Quando o cliente consegue sentir ali o que realmente eu quis direcionar e comunicar no meu trabalho.

Ver a peça agregando harmonia ao ambiente, a casa do cliente e ver sua satisfação e gratidão ali, me deixa em êxtase. Já houve casos do cliente se emocionar e, chorando de alegria, vir me agradecer e me abençoar. Essa troca é incrível para mim, e é o que me motiva a continuar criando.

E essa resposta me traz a certeza de estar no caminho certo, fazendo algo que realmente amo e contribuindo de alguma maneira com a harmonia e cura tão necessárias à cada um de nós.

O meu trabalho me cura. E eu me curando, promovo o mesmo às pessoas que me cercam.
Sou imensamente grata à arte!

As mandalas

Para finalizar, pedimos para Thais descrever o que são as mandalas. Ela nos mandou um pequeno texto:

“Mandala significa círculo. A mandala simboliza nossa existência, nossa essência, o ser interior. É o movimento e a dança ao redor de um ponto central.

O centro simboliza a unidade, a totalidade, a perfeição, Deus. Cada camada de círculo ao redor do centro simboliza nossas escolhas, nossas manifestações de existência na busca pela lapidação e pela perfeição divina, a nossa busca pelo ponto central.

A minha proposta é traduzir sua essência, te desenhar em cores, símbolos, formas geométricas e abstratas. Materializar em forma mandálica as suas manifestações perante a vida, dar símbolo ao seu coração, ao seu “Universo Particular” através de tintas e pincéis.

Traduzir o seu eu numa linda mandala.”

Serviço

Para conhecer o trabalho da Thais Claraluz, é só visitar a Feira de Embu das Artes.

Domingos, no Largo dos Jesuítas, ao lado do Museu de Arte Sacra.

Para quem quer conhecer o trabalho online da Thais Claraluz, é só acessar a página dela. Por lá, ela faz um trabalho personalizado e sob encomenda.

https://www.facebook.com/mandalasclaraluz

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