Não deixe ninguém resumir quem você é pelo seu número de roupa!
Eu não queria contar este tipo de coisas, não queria que fosse real. Mas acho importante para educarmos a nossa sociedade, as pessoas precisam entender que elas devem respeitar umas as outras, independe de qualquer coisa! Relato de fato real! Durante um atendimento, perguntei para a paciente se algum acontecimento teria potencializado a vontade de emagrecer, fora o fato de ser uma real vontade que ela tem. Ela me relatou que o olhar das pessoas era um dos motivos e contou essas história. Ela procurou uma pessoa que vendia roupas, para comprar uma peça que ela estava precisando. A vendedora era uma conhecida, porém tinham muitos anos que não se encontravam. Ela escolheu a peça e pediu no tamanho GG. Neste momento, a vendedora falou: “Não acredito! O que aconteceu com você? Eu me recuso a vender uma roupa destetamanho para você.” Ela não comprou a roupa e relatou que saiu desta situação se sentindo péssima. Se você não se sente revoltado/a com essa história e pensa que a vendedora não estáerrada. Desculpe, mas você precisa rever seus conceitos. Se coloque no lugar desta pessoa, imagina se fosse com você. Isso é gordofobia e não pode continuar!! Queria dizer que você (minha paciente), não deveria ter saído desta situação se sentindo péssima ou triste, a única pessoa errada ali era a vendedora, ela não tem o menor direito de falar do seu corpo ou melhor, ninguém tem este direito, além de você. Você, uma mulher extremamente linda, inteligente, competente, determinada, e comtantas outras qualidades, não deixe ninguém resumir quem você é pelo seu número deroupa ou número da balança. Quem determina a sua essência é você, só você e isso não tem nenhuma ligação com o seu peso corporal, seja você magra ou gorda (gordo/gorda não é xingamento ou ofensa e magra/magro não é elogio ou prêmio). Tire essa culpa das suas costas, se ame hoje como você é, se ame sempre! Conte com a minha ajuda. Com carinho,Luana OliveiraNutricionista. Leia mais: Sucesso! Lista de Delivery gratuita chega a Embu das Artes Lista de Delivery dá descontos exclusivos em Embu das Artes Hum! Comida japonesa tem entrega com desconto em Embu das Artes NOVIDADE! Conheça os melhores donuts de Embu das Artes
Em tempos de coronavírus: alimente-se bem!
Por Luana Oliveira A pandemia do coronavírus está mexendo com todos nós. Estamos preocupados com os boletos, com nossas responsabilidades profissionais e com o dia de amanhã. Em meio a esses problemas, podemos nos esquecer do mais importante: cuidar de nós mesmos. Uma das principais fontes de energia e saúde do nosso corpo é a alimentação. Portanto, alimente-se de bons alimentos. Sim, isso é muito importante: Coma verduras, legumes, frutas, proteínas de fonte animal e vegetal, grãos e leguminosas. Beba muita água. Evite exageros de alimentos industrializados como doces, salgados e gordurosos. Não se esqueça de se alimentar também de bons pensamentos, boas ações, bons sentimentos. Mesmo sem poder sair de casa, existem ações que você pode realizar e que vão ajudar muito. Antes de tudo, você pode ajudar evitando compartilhar notícias negativas. Antes de compartilhar, se pergunte: “Eu realmente preciso compartilhar isso? É uma informação importante? Vai ajudar alguém? Essa informação é segura e verdadeira? Muitas vezes é melhor buscar o silêncio, a paz interior e boas energias do que compartilhar energias negativas e desnecessárias. Compartilhe coisas boas, positivas e até mesmo engraçadas! Precisamos buscar motivos para sorrir mesmo dentro deste caos. Sendo assim deixo aqui uma lista de coisas que podemos fazer para nos ajudar e ajudar o próximo: Sigas as orientações principais das organizações de saúde: fique em casa e lave bem as mãos com sabão. Cuide da sua alimentação, como citei no início deste texto, mas também se permita comer o que der vontade. Tenha consciência e equilíbrio. Fique atento nas quantidades e evite exageros. Preste atenção na sua relação com a comida neste momento. Pergunte-se: como você está comendo e por que você está comendo? Cozinhe, faça novas ou antigas receitas! Faça um planejamento da sua alimentação, como um cardápio semanal. Organize a geladeira e o armário. Veja os alimentos que precisa consumir primeiro, evitando desperdício. Calma! Você não vai engordar 30kg em um mês e se você ganhar alguns quilos durante este período, tudo bem, não será a única pessoa a passar por isso. Mantenha-se ativo, faça os deveres de casa, estude, trabalhe e pratique uma atividade física. Tem muitos profissionais na internet orientando através de vídeos para que você faça isso de forma segura. Faça chamadas de vídeo com pessoas que você ama e tinha o costume de estar perto, tente descontrair. Converse de outros assuntos, sem ser o vírus. Organize a sua casa, analise as coisas que você não precisa, não usa mais ou tem em excesso e separe para doação. Aproveite para ver fotos antigas e lembrar de bons momentos! Assista filmes, séries, documentários, leia livros e ouça músicas. Conecte-se com você, com a sua fé e com tudo que você acredita. Organize o seu dia, respeite os horários de refeição e tarefas. Tenha uma boa noite de sono. Se na casa for possível, fique um pouco no sol pela manhã. Evite o sol entre 12h e 15h. Escreva, desenvolva conteúdo profissional ou escreva sobre seus sentimentos, sobre este momento. Nas redes sociais acompanhe pessoas positivas, que faça bem para você e também canais de comunicação seguros e éticos. ALIMENTE-SE Alimente-se! Mas não é só de comida gostosa que você precisa. Alimente seu corpo, sua mente e sua alma. Talvez seja a hora de aprendermos que precisamos nos alimentar muito além do prazer de comer, muito além da comida e isso deve acontecer sempre, não somente em um momento de dificuldade. Alimente-se de tudo que é bom. De tudo o que pode verdadeiramente nutrir seu corpo, sua alma e sua mente. Se cuide e respeite as medidas de segurança, tenha consciência da sua responsabilidade. Luana Oliveira Nutricionista e Coach em mindful eating CRN:38004
Quarentena: Embu das Artes, fique em casa!
Temos recebido diversas mensagens de pessoas preocupadas com os cidadãos de Embu das Artes. Isso porque as pessoas da nossa cidade não estão respeitando a quarentena e estão passeando, deixando as crianças brincar nas ruas e se mantendo em ambientes aglomerados. O momento que estamos passando exige apenas uma coisa de todos nós: responsabilidade. Vamos respeitar as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Governo do Estado de São Paulo, por favor. É pela saúde de nossas crianças. É pela saúde de nossos adultos. É pela saúde de nossos velhinhos. É pela saúde de TODOS os embuenses. Para isso, precisamos da sua ajuda. Converse com seus amigos e parentes. Esclareça a situação. É muito grave e vidas dependem dessa pequena ação: ficar em casa. O vírus tem uma alta taxa de contágio e um simples toque pode mudar tudo. Vamos sair apenas em situações EXTREMAS e sempre pedir para que alguém mais jovem faça o que for necessário na farmácia ou no mercado. Esperamos coerência e cidadania de todos, e sabemos que encontraremos. Embu das Artes continuará linda e saudável depois de tudo isso. Vamos fazer com que nossos cidadãos também! Leia mais:
Tá se sentindo inchado na pós-folia do Carnaval?
Por Luana Oliveira Você exagerou no consumo de bebida alcoólica, de alimentos gordurosos, doces e salgados nesse Carnaval? Bebeu pouca água e está com o sono atrasado? A principal dica para se recuperar é: CALMA Não adianta compensar os exageros fazendo dieta, jejum, tomando água com limão ou passar o dia todo tomando suco detox e chás. Muito menos escolher ficar horas na academia. A sugestão para agora é que você simplesmente volte para sua rotina alimentar, sem exageros. Para te ajudar a retomar o equilíbrio saudável nessa pós-folia do Carnaval, separei algumas dicas essenciais para você se sentir melhor: Hidrate-se. Principalmente se você exagerou no consumo de bebida alcoólica. Beba água principalmente, suco natural e chá (dê preferência para os que você não adoça). Coma comida mais natural: arroz, feijão, verduras, legumes, carnes, frutas. Reduza o consumo de sal e açúcares e use temperos naturais. Evite comidas industrializadas, enlatados e embutidos. Mais uma dica pra você! Ah, durma mais cedo! Recupere as energias aos poucos. Se você costuma praticar atividade física com regularidade, volte à sua rotina de exercícios; se você não tem este hábito, é bom pensar em encaixar ele no seu dia a dia o quanto antes. A prática de atividade é muito importante para a nossa saúde. Bom retorno para você! Espero que você tenha aproveitado muito bem o Carnaval e tenha se alimentado de momentos que ficarão estocados em você, em forma de boas memórias. Luana OliveiraNutricionista e Coach em mindful eatingCRN: 38004
Vamos falar sobre Alimentação Consciente?
Atualmente quase todo mundo está preocupado com o que comer, mas quase ninguém se preocupa com o COMO COME, POR QUE COME e QUANDO COME, não é mesmo?? Eu sei que parece loucura, mas já parou para pensar quantas vezes a sua escolha alimentar é feita de forma automática e está ligada a alguma emoção ou situação? Sem julgamentos, ok? Não estou falando de escolhas certas ou erradas, até por que não sei se é uma boa forma de classificar escolhas alimentares. Estou falando do por que você come, o que influencia suas escolhas alimentares na maioria das vezes? Qual a diversidade das suas escolhas? Quais alimentos estão ligados a certas emoções ou situações? Quando você está feliz sente vontade de comer o que? E quando está triste? Ou você é daqueles que fica sem fome? Saiba que entender, responder e saber o que fazer com as respostas dessas perguntas pode ser muito mais importante para iniciar a mudança de hábitos na sua alimentação, do que o que você come de fato. O comer consciente (mindful eating) é uma prática proveniente do mindfulness que pode ajudar você a se conectar com o seu corpo sua mente evitando o comer no modo piloto automático. Esta prática tem também como objetivo aliviar o estresse e todos os outros problemas que uma alimentação desequilibrada e cheia de crenças limitantes pode causar, como o comer com culpa. O comer consciente também pode trazer benefícios de longo prazo a saúde física e mental, e não prega nenhum tipo de estilo alimentar ou dieta, o objetivo é desenvolver uma relação mais saudável com a comida, sem julgamentos e sem terrorismos nutricional, respeitando a individualidade de cada um. Se você acredita que a sua relação com a comida está lhe prejudicando de alguma forma, talvez seja a hora de rever esta situação, não é mesmo? Se for preciso procure a ajuda de um profissional que você confie e se identifique, neste caso um nutricionista. Saiba que o comer consciente lhe mostrará que o prazer em comer pode ser encontrado em qualquer alimento, desde que você tenha escolhido comer de forma consciente e presente, desta forma você sentirá prazer ao comer um prato de comida, de salada, uma fruta ou uma pizza, um hambúrguer e um brigadeiro, você entenderá a importância que cada alimento tem para você e para o seu corpo. Valorize o ato de comer, pois não é só o corpo que alimentamos, nutrimos também a alma e todos os sentimentos envolvidos. Luana Oliveira Nutricionista e Coach em mindful eating CRN:38004
Formula do fracasso – do Jovem à Melhor Idade
Bom o título é fracasso, mas antes vamos falar sobre sucesso? Porque para fracassar primeiro precisamos entender o que é sucesso certo? Já vamos começar estabelecendo que sucesso é algo único, pessoal e para cada um tem um sabor. Imagina que o sucesso se vende em uma sorveteria, diversos sabores: do tradicional chocolate ao cupuaçu. Você e seu amigo vão na sorveteria e cada um gosta de um sabor, você aliá prefere de cupuaçu, mas escuta do seu amigo que cupuaçu é estranho e bom mesmo é o de chocolate, não tem erro! Aí está a pulga atrás da orelha, que faz você ir lá e escolher o chocolate, não gostar tanto assim e abandonar sua taça pela metade (cá entre nós, ainda vai dizer que estava uma delícia, porém já estava satisfeito, JUSTIFICATIVA clássica). Porém dentro de você o sentimento que fica é aquele E SE, aquela saudade do cupuaçu que nunca provou, a tristeza do sabor do chocolate, e ai meus amigos eu apresento a vocês o nome desse sentimento: FRACASSO, com cobertura de frustração! A fórmula do fracasso é não respeitar sua essência, sua originalidade. É não entender que o que é sucesso para um, não é para o outro, e só vai descobrir o que é sucesso para si mesmo quando parar para fazer uma reflexão sobre quem você É. Então convido você a prestar atenção nas suas decisões, principalmente na próxima vez que for a sorveteira acompanhado!
Você caiu na armadilha do Plano no Papel!
Vamos falar sobre a banalização e excesso de posts falando sobre colocar os planos no papel. A cada 5 postagens que vejo nas minhas redes sociais, ao menos 3 são sobre este assunto, não sei se é porque minha rede social está viciada, se ainda é reflexo do período de virada de ano ou se realmente as pessoas acreditam que só de colocar seus sonhos escritos em um passe de mágica eles irão se realizar. Geralmente após uma chamada que promete a solução, seguida de um texto genérico sobre o tema, que só reforça que é importante, vem o gancho: quer saber mais sobre isso, eu posso te ajudar! Eu sei que minha rede tem recorte viciado, por conta da vivência com o coaching, universo que respira e entrega muitos benefícios com relação a planejamento estratégico eficaz. Só que, se eu, que vivo o tema no dia a dia fico irritada com a abordagem rasa, imagina quem vai pesquisar sobre isso e pula de post em post com o mesmo texto e reflexão, que gera apenas confusão e irritação. Cá entre nós fica obvio que é uma isca de vendas, e em tempo de marketing de conteúdo e relacionamento, sinto dizer, essa estratégia é um tiro no pé. Ao mesmo tempo quem clica para saber mais informações quer respostas prontas, de preferência o planejamento de alguém que “já deu certo” na vida, uma certeza e garantia que nunca terá na vida, porque não adianta só colocar no papel, precisa FAZER o que está no papel. O que estou tentando dizer aqui é: fazer post de planejamento com gancho de vendas é uma ótima estratégia sim, mas vamos ter responsabilidade e falar coisas mais interessantes senhores! E se você só procura o planejamento estratégico ideal para sua vida, que vai resolver todos os seus problemas, então corre de receita pronta. O que faz o planejamento dar certo é quando ele é feito pensado para você, suas forças, seus problemas e sua realidade. E claro que ter o plano no papel não vai adiantar nada se não entrar em ação, fazer a sua parte, mesmo nos dias que não está afim, ou quando algo não planejado acontecer, isso é o tal FOCO, outro tema popular hoje em dia e mal explicado. Minha dica para você é: NÃO EXISTE RESPOSTA PRONTA, é uma construção. E vai doer, exige esforço, o papel é só para organizar as ideias, registrar o que pode ser feito. Você pode usar o planner mais bonito, ter comprado aquelas canetas coloridas na virada do ano, mas se já é Março e você não fez nada além de escrever lá no tal do papel, eu sinto muito, você caiu na armadilha da lista de desejos não realizados!
Foi por medo de avião
Já é sabido que eu odeio avião. Eu sei que ele é o segundo meio de transporte mais seguro do mundo, mas quem se importa? Se cair eu vou morrer, então voar é o tipo de tortura psicológica que eu não consigo me acostumar. Por isso, criei teorias que funcionam (ou não) na minha cabeça. Se tiver criança no voo, nada de ruim pode acontecer. Se tiver excursão pra Disney então, tô salva. Não há o que justifique nenhuma maldade com pessoas vestindo moletons brancos e orelhas de ratos falantes. Se tiver casal apaixonado não cai, porque Deus não faria isso com uma galera que virou Domingos no Tinder até, enfim, conhecer a alma gêmea. Em contrapartida, se tiver velhinho, fodeu. Se tiver pouca gente no voo, acho que é Deus economizando pra matar um grupinho seleto de uma vez só. Se tiver padre eu já simulo um desmaio pra não entrar. Grupos de jogadores gringos, pra caracterizar MESMO que é uma tragédia. Além de morrer, ninguém vai lembrar de mim porque só vão falar do Soarez que batia um bolão. Que Deus o tenha. Hoje fiz uma viagem curta, de 1:15h só. Pensei “Não há de ser tão ruim, mal vou subir e já vai estar pousando”. Esperei no portão de embarque 8, e vi a fila se formando com os que seriam meus companheiros de voo pela próxima 1 hora de mantras entoados entre um “Oooouuunnn” e um “Putaqueopariupiloto, tem carga viva aqui!”; e fiz o que sempre faço, analiso os perfis pra determinar se chegou minha hora ou não. Até que vejo indo em direção à fila uma vovozinha segurando um bebê fofo, pensei: “Deus, o que você tá querendo me dizer? Assim tu me confunde!” Minutos depois se aproxima do portão de embarque o que seria um time… de futebol…Paraliso. Não me pareciam ser gringos, mas me garanti ouvindo atentamente conversas alheias até chegar à conclusão de que o time se chamava Avaí. Estaria a salvo? Era Avaí, sem H. Será que o estagiário no céu iria entender que não se tratava de um time com jogadores havaianos dançarinos do hula -hula? Eu esperava que sim. Entrei no avião, assento 4E. Fui olhando pra cima imaginando onde eu iria enfiar minha mala já que todos os jogadores entupiram os compartimentos com malas azuis, idênticas. Achei meu assento, empurrei algumas malas, encaixei a minha. Olhei pras poltronas; meu assento era o do meio. Janela e corredor ocupados por 2 velhinhos de 100 anos cada. Gelei. Olhei pra ela e perguntei : “- Vocês estão juntos? Eu posso sentar aqui no corredor se quiser”. Ela me diz “- Não, não! Obrigada pela intenção mas o meu par é ele aqui”, apontando pra um senhor que beirava uns 120, sentado no corredor do lado oposto. Ela diz “- Sempre sentamos no corredor, no caso de termos que levantar depressa”. O meu sorriso era de desespero. Sentei, respirei fundo e aguardei a morte chegar. No meio do voo, recebemos uns biscoitinhos salgados da companhia aérea, e eu pensei: “Minha última refeição vai ser um pacote de biscoitos integrais da Mãe Terra. Que ironia”. Olho pro lado e a senhorinha não conseguia abrir o pacote. Perguntei “Quer que eu abro pra senhora?” Ela disse “Ah, por favor eu tremo um pouco e não consigo abrir”. Pensei “Se essa merda cair, ela não vai conseguir colocar a máscara de oxigênio em mim. Por quê Deus? Por quê?!” O voo seguiu, tranquilo, como se eu estivesse no sofá da sala. O piloto anuncia pouso e eu desespero; penso que fui torturada até ali por uma hora pra morrer no fim. Olho pra senhorinha como quem pede colo, e ela me olha compadecida da minha agonia. Falo: “- Sabe o que é? Não consigo acostumar com avião” Ela diz “- Tem medo?” Eu digo “ – Tá mais pra pavor” Ela pega na minha mão: “- Não se preocupa não, antes de subir eu rezei bastante.” Eu digo “ – Que sorte a minha pegar esse voo com a senhora então”. Ela finaliza me dando uma piscadela : “- E olha que bom, aqui no voo ainda tem um time de futebol inteiro pra te ajudar a descer mala.” Eu ri. Sorri. Descemos do avião. Ela sentido a esteira de malas me desejou boa sorte na volta e eu fui embora pensando que a vida surpreende a gente o tempo todo, que o medo é paralisante, e que o monte de certezas que a gente tem, não passam de “achismos” sem sentido, que guiam a gente pra lugar nenhum. Cultivamos hábitos ruins, cristalizamos certezas absolutas, e vivemos uma vida toda como crianças girando com a testa no cabo de vassoura. Não pode parar, senão vai cair. Mudar dá um medo danado, te exige coragem de Kamikaze e vez ou outra não vai sair como planejado. E tá tudo bem. Tudo bem arriscar, tudo bem errar, tudo bem se arrepender, tudo bem voltar atrás. O que não tá tudo bem, é você viver uma vida toda calçando esses sapatos 2 números menores do que o seu, porque não aprendeu a falhar. Não sofra pelo que não pode controlar. Solte as amarras imaginárias que você mesmo criou. Acredite, é libertador.
Cardápio do Amor
Arrisco-me a dizer que a palavra Amor tem sido proferida ultimamente com significativa frequência e que curiosamente no mesmo passo temos vivido tempos de intolerância, polarizações simplistas, ódio e extremismo apaixonados. O que me leva a perguntar por que todo mundo tem a palavra amor girando no céu da boca, pronta pra enriquecer qualquer discurso e embasar todas as teorias e não conseguimos pôr em prática nem mesmo em nossos pensamentos e sentimentos, diga-se nos nossos atos e passos??? Mal praticamos gestos de carinho e ternura com nossos parceiros, familiares e amigos, diga-se com o nosso entorno um pouco mais distante. Uma conclusão extraída de minhas reflexões foi que a abrangência e a subjetividade da palavra Amor, com sua tamanha profundidade e tanta magia que carrega, acaba por teorizar tudo com fala macia, mas converge pra um vazio, com reações e práticas automaticamente impessoais, comumente individualistas e às vezes até agressivas; como se de tão vastos e fortes fossem os braços, não se fizesse possível fechá-los; de tão longa e ampla a nossa régua, não somos capazes de medir os nossos pequenos e corriqueiros gestos… Na maioria das vezes amamos inconscientemente, de forma orgânica e automática, quando temos similitudes ou qualquer carinho especial envolvido, que transborda em fraternidade, carregada de um teor pessoal por nossos pares. Mas outras vezes, amar (no sentido prático da palavra, como sendo o gesto de dar e receber amor) é uma construção mais trabalhosa, que requer empenho, reflexão e um bocado de humildade e consciência. Com um pouco mais de humanismo e um cadinho de empatia talvez viéssemos a concluir que, se formos submetidos à mesma realidade e nas mesmas circunstâncias, talvez agíssemos igual ou pior a tudo aquilo que estamos prontamente condenando. E talvez essa nossa incapacidade de nos colocarmos no lugar do outro, de respeitarmos opiniões e crenças diferentes das nossas e aceitarmos com todo o nosso coração que as pessoas sejam o que elas quiserem ser, é o que nos impede de desarmar essa bomba social que temos construído ultimamente. Na dúvida por qual posicionamento adotar, pra saber se tem amor envolvido no rolê, eu proponho uma simples troca de lugar com o outro, e um breve questionamento se o que estamos entregando, é o que de fato gostaríamos de receber?!? Por isso arrisco dizer que o Amor como uma prática consciente, torna-se uma postura, um estado de espírito, uma via de mão dupla pra conduzir a maneira de ler a vida e se relacionar com o tudo à nossa volta. Se tentarmos enxergar as causas, talvez entendamos as consequências. Nossas e dos outros… sigamos!!! “Amor não se tem… Amor vai e vem…” …e quanto mais damos… mais recebemos!!!
Raquel Parrilla: CHECKLIST
Se eu pudesse te dar conselhos, diria pra beber mais água, com menos calmantes. Que no frio, você use meias felpudas e coloridas ou listradas de dedinhos. Que não há rostinho bonito que sustente uma máscara mal ajambrada por muito tempo. Que tudo na vida é temporário. Siga o fluxo. Que se a sua felicidade é pautada na infelicidade de outra pessoa, existe uma grande chance de isso dar errado. Que é preciso entender que todo diferente é também igual de alguma forma, e se colocar no lugar do outro custa nada além do teu tempo. Que pode doer, ou não. Tudo vai depender do ângulo que você decidir enxergar. Que roupas de cama limpas, fazem um milagre pra qualidade do sono. Que você nunca perde nada. Ou você ganha, ou aprende. Que qualquer coisa que custe a sua paz, é muito cara. Que existe uma linha, não tão tênue, entre imaturidade e mau caratismo; e é importante saber diferenciar qual deles o tempo resolve, e qual ele reforça. Que o Peter Pan tinha lá suas razões pra não querer crescer. Que você conhecer muito bem alguém, não te garante conhecer muito bem ninguém. Que na vida de alguém, ou você entra ou sai de vez. O que não vale é ficar no corredor atrapalhando a passagem. Que você reclame menos, porque a palavra tem força e habilidade de bumerangue. Que tomar algumas rasteiras, dessas que pegam a gente desprevenido e de quem menos se espera, faz parte do jogo. É preciso levantar e aprender que a pele de cordeiro, se prestar bem atenção, não cobre o focinho do lobo. Que é importante identificar a diferença entre perda e livramento. Que se deve prestar atenção nos sinais. Eles piscam em neon, mas preferimos enxergar apenas um letreiro bonito. Que você pode até cair, mas o importante é que caia atirando. Que a sua beleza sempre vai depender da iluminação. A que vem de dentro devocê. Que viajar é um Rivotril que não precisa de receita. Que se afastar de quem te faz mal, faz com que você se aproxime de si mesmo. Que é possível ser feliz sozinho, desde que você não confunda solitude com solidão. Que gostoso mesmo é quem faz Primavera na tempestade da gente. Ao som de JackJohnson. Vem! A vida é mais bonita vista daqui de cima!